A Sony anunciou hoje o PlayStation Indies, uma nova iniciativa para dar mais destaque a títulos independentes que serão lançados no PS4 e PS5. Nove jogos fora anunciados juntos do programa, incluindo alguns para o console da próxima geração.

“Sempre fui um grande fã dos jogos indie”, comentou o executivo Shuhei Yoshida, que irá liderar o programa. “Desde que fui nomeado como Chefe das Iniciativas PlayStation Indies em novembro do ano passado, estou trabalhando de perto com todos os departamentos da Sony Interactive Entertainment para elevar os nossos esforços de facilitar a vida dos desenvolvedores indie, e deixar seus títulos brilharem no mercado super competitivo dos videogames”.

“Tenho o prazer de anunciar formalmente a iniciativa PlayStation Indies. Com a PlayStation Indies, esperamos destacar e apoiar os melhores entre os melhores dos jogos indie sendo publicados para PlayStation, e a comunidade indie como um todo. O nosso objetivo é tornar o PlayStation o melhor lugar para se desenvolver, encontrar e jogar ótimos jogos indie”.

Veja todos os jogos anunciados hoje:

Worms Rumble (PS4 e PS5)

O novo jogo da velha série Worms, que está completando 25 anos em 2020, mudará a jogabilidade em turnos para a ação em tempo real e os gráficos do 2D para o 3D.

“Então por que em tempo real? É claro que nós amamos as versões em turno de Worms, e é o que temos feito por muitos anos. Trabalhar em Worms W.M.D. foi incrível, e estamos muito orgulhosos do resultado. Mas sempre quisermos ir além e satisfazer a curiosidade do ‘e se?'”, comentou o produtor Danny Martin, do estúdio Team 17. “Sim, já fizemos diversas variações de Worms no passado, mas queríamos saber se conseguiríamos criar uma versão em tempo real”.

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“Começamos os protótipos de Worms Rumble há alguns anos com uma pequena equipe, e o que eles criaram em um curto período de tempo realmente chamou nossa atenção e nos deixou empolgados para ver o que poderíamos fazer. Começamos a fazer sessões internas de usabilidade, para saber como o estúdio como um todo se sentia quanto ao jogo. Ainda parece com Worms? Foi divertido? Estamos malucos por tentar mexer na fórmula? Os resultados que encontramos foram promissores, e desde o início vimos que há o apelo de “só mais um jogo”. O feedback que recebemos durante a fase de protótipo foi inestimável, pois nos levou a cogitar até onde podíamos levar esse jogo”.

Worms Rumble terá suporte cross-play para multiplayer de várias plataformas. “Traremos uma experiência online de 32 jogadores que você nunca viu antes em um jogo Worm. As arenas que foram construídas pela equipe permitirão que você lute em alguns dos locais favoritos dos worms. Missile Mall, por exemplo, é um shopping que está em cima de um armazém de mísseis subterrâneo, onde há bastante espaço para causar destruição e pequenos dutos de ar onde você pode se esconder. Uma Sheep ou Banana Bomb bem colocada pode levar ao fim do jogo”.

“Worms Rumble será lançado com três modos de jogo. Deathmarch, Last Worm Standing e Last Squad Standing. Deathmarch coloca 32 jogadores para batalhar e ver quem tem mais eliminações antes do tempo acabar, e será o melhor modo para novos jogadores pegarem o jeito de Worms Rumble, aprenderem sobre as armas e melhorarem suas habilidades antes de enfrentarem sozinhos jogadores mais experientes”.

Haven (PS4)

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A nova criação do designer do jogo de tiro Furi, Emeric Thoa, é um RPG simples e relaxante, inspirado por títulos como Flower.

Ele explica o conceito: “Pense em qualquer jogo AAA de mundo aberto ou RPG. Eles têm várias características, algumas que inclusive são as mesmas, mas com pequenas diferenças na implementação. Progressão de personagem, com vários atributos. Armas e melhorias. Árvores de habilidade. Combos. Veículos. Membros do grupo com inteligência artificial. Itens consumíveis. Objetos clicáveis e itens colecionáveis. Jogabilidade exótica, como puzzles ou raças”.

“Todas este conteúdo é empolgante. Às vezes isso adiciona profundidade, ajuda a construir um universo e faz a experiência ser mais imersiva. Mas também pode ser um pouco cansativo. Jogar estes jogos é como aprender uma nova língua. Há tanto conteúdo que, naturalmente, há muito para aprender e para lembrar”.

“Para criar a sensação relaxante de Haven, tivemos que largar mão de todo esse conteúdo. Reduzir o tanto de informações necessárias. É um jogo onde você se sente livre: você quebrou as correntes e explora um planeta misterioso. Não queremos que o jogo se arraste e peça para você lembrar muito. Para fazer ele ser simples, tínhamos que fazer ele ser leve”.

Carto (PS4)

Carto é um jogo de aventura e quebra-cabeças com gráficos bonitinhos e trilha-sonora relaxante.

O jogo se passa em um belo mundo, criado com muito carinho pelo estúdio artístico, Sunhead Games. “Embora Carto seja a primeira aventura do Sunhead nos consoles, não desconhecem games cuidadosamente criados, com mecânicas inovadoras (A Ride into the Mountains, The Swords). E mesmo com o mundo, personagens charmosos e bela trilha-sonora de Carto sendo motivo suficiente para se jogar, a verdadeira inovação está em seus puzzles criativos”, comentou a gerente do Sunhead Games, Michelle Anderson.

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“Nesta divertida aventura, embrulhada em uma mecânica de puzzles onde o mundo está em constante mudança, você terá que dominar as suas habilidades de cartografia. Enquanto rearranja peças do mapa, verá o mundo mudar a sua volta. Conecte pedaços faltando para descobrir terras misteriosas e seus segredos. Conforme passar por novas peças do mapa, encontrará personagens estranhos, e fará amizades, muitas das quais precisarão de ajuda de você, o cartógrafo local”.

“O espírito do jogo está na exploração das novas peças, e em aprender sobre as novas culturas. Embora as terras e os povos de Carto sejam fictícios, a experiência de conhecer novos lugares é real – a sensação de Maravilha ao ver um lugar tão diferente do seu próprio, aprender tradições diferentes da sua, e poder abraçar todas como incríveis de sua própria maneira. Em sua jornada por Carto, poderá descobrir estes belos locais e conhecer pessoas, aprender sobre elas e sua cultura”.

Recompile (PS5)

Uma aventura de ficção com temática de hackers e IA para o PS5.

“Combinando mecânicas tradicionais de exploração e plataformas com uma narrativa dinâmica, Recompile o desafia a explorar, lutar e sobreviver. Há plataformas, combate em Terceira pessoa, e puzzles para hackear o ambiente. Com os vários desafios e obstáculos apresentados ao vírus, cabe á você decidir como encará-los”, descreve o estúdio Phigames.

“Será que você entra com tudo, atirando e atraindo a atenção dos sistemas de segurança enquanto derrota os inimigos e chefes? Ou pode tomar uma abordagem mais cuidadosa, hackeando inimigos e fazendo com que se virem uns contra os outros, enquanto espera escondido o caos terminar. O ambiente também pode ser hackeado, de coisas simples como portas trancadas até máquinas complexas – tudo é criado por circuitos de lógica que podem ser controlados, invertidos ou apenas desligados. Talvez você até decida passar por esses obstáculos fisicamente, se tiver gastado o tempo e recursos necessários para melhorar suas habilidades de movimentação”.

Heavenly Bodies (PS4, PS5)

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Com uma jogabilidade que parece bastante original, Heavenly Bodies coloca o jogador no controle de um astronauta que precisa manter uma estação espacial em pleno funcionamento. O jogo simula a física em gravidade zero para propor desafios que parecem simples, mas na verdade são complexos quando se está flutuando no espaço.

“Bem, em Heavenly Bodies, você é um corajoso cosmonauta, e é seu dever manter em ordem a mais importante criação da engenharia espacial da Terra. Como? Com suas próprias mãos, claro. Você pode usar os controles analógicos esquerdo e direito para se mover e controlar seus braços, respectivamente. Ah, você também tem pernas, e pode chutar usando R1 e L1. Parece simples? Na teoria, sim. Na prática, não. Como humanos, nos acostumamos com a gravidade, e se quiser fazer seu dever como os heróis que vê na TV, terá que ter algumas lições de movimentação em gravidade zero”.

Creaks (PS4)

Um jogo de plataforma e enigmas com gráficos desenhados a mão. Creaks está sendo criado há oito anos pelo designer Radim Jurda e seus amigos, desde que ele bolou um conceito de jogabilidade no finado Adobe Flash.

“A imaginação humana é uma coisa maravilhosamente ambígua. Muitas vezes, quando olhamos para um objeto, a nossa visão nos engana e faz pensar que é algo diferente. Talvez algo assustador. Algumas vezes olhamos para o céu e vemos rostos nas nuvens, e não conseguimos entender como as pessoas do nosso lado não veem a mesma coisa”.

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“A ciência possui uma bela palavra para este fenômeno de se “ver coisas” – pareidolia. E é um dos blocos que usamos para criar nosso game. Logo no início de Creaks, você encontrará algumas estranhas criaturas latindo nos corredores escuros de uma mansão. Mas será que são tão perigosas quando parecem? Tente prendê-las em um feixe de luz e olhe bem de perto. Pode descobrir que o que parecia perigoso é apenas uma simples mesa de enfeite. Transformar essas criaturas em objetos comuns é uma mecânica central do gameplay, além de alavancas, placas de pressão, e manipular o ambiente para vencer seus inimigos”.

Where the Heart Is (PS4)

Uma aventura narrativa entre a verdade e a ficção, que chega para PS4 no fim de 2020.

“Quando eu era criança, era fascinado com essa ideia – e de que um mundo que você não sabia que existe está escondido no mundo em que vivemos. Era uma ideia comum nos livros e filmes com os quais cresci. Algumas dessas histórias eram cheias de fantasia, algumas de ficção científica, mas todas compartilhavam o pensamento que, escondido em qualquer esquina, poderia haver algo novo e inesperado, e sempre gostei disso”, comentou o diretor do projeto, Todd Keller.

“Esses dias, mais e mais da arte e do design que crio são influenciados por conflitos, experiências e relacionamentos do dia-a-dia. Sempre me encontro misturando a realidade com a criatividade, na música, games ou ambos. Então, quando desenvolvi o conceito Where the Heart Is, sempre voltava para essa intersecção de ideias. Mas o mais importante para mim era como apresentá-las ao jogador. Como colocar escolhas do mundo real nos ombros de incidentes surreais, e apresentá-los sob uma outra luz, que ainda não tenha sido vista?”

Maquette (PS4)

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Um jogo de quebra-cabeça usando simulação recursiva – técnica parecida com um espelho infinito, pela qual o espectador vê cópias de um objeto dentro de outro objeto até o infinito.

“Maquette é um game de puzzles, mas não no sentido que Sudoku é um puzzle, é mais como uma história com puzzles espalhados por ela. Conforme explorar o mundo recursivo do game, descobrirá as memórias de um jovem casal apaixonado, e resolverá puzzles usando pensamento criativo”, disse Hanford Lemoore, diretor do estúdio Graceful Decay.

“O nosso game se passa em um mundo que vive dentro de si mesmo recursivamente. É uma ideia bem mais fácil de entender quando a ver em ação, mas aqui está um experimento que podemos fazer agora mesmo para transmiti-la”.

“Imagine que, para este experimento, todo o mundo de Maquette é apenas uma casa, e toda ação do jogador acontece dentro desta casa. Agora imagine que há uma pequena maquete desta casa em uma mesa na sala de estar. Se olhar para dentro dela, verá exatamente o que existe na casa real, mas em escala menor. Só que não são duas casas diferentes – são duas instâncias do mesmo mundo existindo simultaneamente, só que um dentro do outro”.

“Agora, com isso em mente, se você corre e abre a porta da casa e depois volta para a maquete, verá que sua porta também está aberta. Da mesma forma, se fechar a porta da maquete com o dedo, ouvirá a porta da casa real se fechando também”.

F.I.S.T.: Forged in Shadow Torch (PS4)

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F.I.S.T: Forged In Shadow Torch é uma aventura de ação estilo dieselpunk estrelando um coelhinho antropomórfico com um enorme punho de metal.

“Chegando em breve para PS4, F.I.S.T. marca a nossa estreia em um gênero que é o favorito de muitos aqui no estúdio: os games de plataforma e exploração. Muitos jogos incríveis deste tipo foram criados através dos anos, mas sempre nos perguntávamos: ainda há uma abordagem diferente, alguma coisa que poderíamos fazer para deixar a experiência com cara nova?”, pergunta a produtora TiGames.

“F.I.S.T. é a nossa resposta para estas perguntas. Desde o início, criamos nossos quatro pilares que definiriam o jogo e nos diferenciariam do que já existe”.