A Sony reiterou que não pretende seguir o modelo do rival Xbox Game Pass estritamente com o PlayStation, adicionando seus lançamentos “first party” em um serviço de assinatura desde o primeiro dia, por acreditar que não é possível conciliar este negócio com o alto padrão de qualidade das produções.

Durante uma apresentação a investidores, o CFO da Sony, Hikori Totoki, foi perguntado sobre a possibilidade das novas assinaturas PlayStation Plus incluírem lançamentos AAA da Sony desde o primeiro dia. Ao descartar esta possibilidade, o executivo justificou dizendo que um modelo de negócios assim implicaria em menos recursos alocados para títulos “first party” e, portanto, um declínio na qualidade.

“Títulos AAA no PlayStation 5, se os distribuirmos no serviço de assinatura, talvez precisemos diminuir o investimento necessário para isso. Isso vai deteriorar a qualidade do título original e essa é a nossa preocupação”, disse Totoki.

“Então, queremos ter certeza de que gastamos os custos de desenvolvimento apropriados para que produtos e títulos sólidos sejam introduzidos da maneira certa”.

Esta opinião é compartilhada pelo CEO da PlayStation, Jim Ryan, que comentou em outras ocasiões não acreditar na viabilidade de grandes produções sendo incluídas desde o lançamento em um serviço de assinatura.

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“Este não é um caminho que percorremos no passado. E não é um caminho que vamos seguir com este novo serviço”, disse Ryan. “Sentimos que se fizermos isso com os jogos que fazemos no PlayStation Studios, esse ciclo virtuoso será quebrado. O nível de investimento que precisamos fazer em nossos estúdios não seria possível, e achamos que o efeito indireto na qualidade dos jogos que fazemos não seria algo que os jogadores desejam”.

Descartada a possibilidade de seguir o modelo do Xbox Game Pass, a Sony anunciou que irá aumentar seu investimento em jogos AAA alocando US$ 300 milhões no desenvolvimento de software em seus estúdios exclusivos no próximo ano.

Curiosamente, a Sony também diz que esses jogos serão lançados em “várias plataformas”, provavelmente se referindo ao PC como segunda plataforma para os jogos do PlayStation.