No mês passado, a NASA anunciou a descoberta do sistema planetário Trappist-1, formado por uma estrela anã M8 e sete mundos similares à Terra, possíveis de ter água na superfície e sustentar vida. Esses mundos agora podem ser visitados no jogo Elite Dangerous graças a uma curiosa coincidência e um trabalho de adaptação da produtora Frontier Developments.

Após a descoberta do Trappist-1, o chefe da Frontier, David Braben, revelou algo surpreendente: o universo de Elite Dangerous, que fora gerado por algoritmos através de uma ferramenta chamada Stellar Forge, havia criado um sistema planetário muito parecido com o Trappist-1, nos mesmos 39 anos luz de distância da Terra. Ou seja, o jogo previu a descoberta da NASA, sabe-se lá como.

Segundo Braben, o Stellar Forge não criou planetas e estrelas aleatoriamente no universo, mas seguiu uma lógica de “massa disponível”. O produtor revelou que a ferramenta de Elite Dangerous criou até luas que não foram, mas eventualmente podem ser descobertas pelos cientistas.

“Curiosamente, o sistema que saiu do Stellar Forge tem um par de luas e dois pares binários em co-órbita – essas coisas (ainda) não foram detectadas na técnica de oclusão, que consiste em simplesmente detectar o escurecimento do disco estelar, mas quem sabe isso pode ser possível”, escreveu Braben em um post no fórum Elite Dangerous.

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Após a descoberta, a Frontier Developments fez algumas modificações no sistema chamado originalmente de Core Sys Sector XU-P A5-0 e o rebatizou como Trappist-1. O sistema agora pode ser explorado na versão beta 2.3 lançada na semana passada, ou conhecido pelo vídeo abaixo.