A publicação acidental de documentos confidenciais da Microsoft pela FTC não expôs apenas o desejo da empresa de comprar a Nintendo, os planos para a atualização do Xbox Series X|S no ano que vem e a linha de jogos planejada pela Bethesda, mas revelou também a estratégia para a próxima geração do Xbox, que poderá aproveitar o poder do processamento em nuvem.

O conceito não chega a ser uma grande novidade e a própria Microsoft tenta viabilizá-lo desde o Xbox One, sem grande impacto. O mais longe que a empresa chegou até hoje com este conceito foi com o modo multiplayer Wrecking Zone em Crackdown 3, que usava processamento da nuvem para executar o modelo de destruição do jogo e sincronizá-lo entre todos os jogadores.

Os documentos publicados na noite de ontem mostram que esta ideia voltou ao topo das inovações pensadas pela Microsoft para a próxima geração. Nele, são listadas as inovações introduzidas para cada geração do Xbox, incluindo a Xbox Live para o console original, a loja digital e o Kinect para Xbox 360, o Game Pass para Xbox One e o Project xCloud para Xbox Series X|S. A contribuição do próximo console seria, portanto, a popularização de “jogos híbridos em nuvem” e o surgimento de uma “plataforma imersiva de jogos e aplicativos”.

Machine learning, IA e arquitetura de hardware escalável e jogos “nativos/aprimorados na nuvem” são outros tópicos propostos pelos engenheiros da Microsoft, que pretendem “desenvolver uma plataforma de jogos híbrida de próxima geração capaz de aproveitar o poder combinado do cliente e da nuvem para oferecer uma imersão mais profunda e classes inteiramente novas de experiências de jogo”.

pp_amp_intext | /75894840,171588685/OUTER_SPACE_AMP_02

“Otimizando para jogos e criadores em tempo real, permitiremos novos níveis de desempenho além das capacidades apenas do hardware do cliente”, podemos ler no documento vazado.

O Xbox da próxima geração poderá sair no final de 2028, segundo os documentos da Microsoft, e o design do hardware a a pré-produção de jogos começaria já em 2023.