A divisão PlayStation da Sony teve em 2020-2021 o melhor ano de sua história em termos de receita e lucro, com o PlayStation 5 batendo todos os recordes de seus antecessores, apesar de ainda sofrer com gargalos na fabricação.

Em seus últimos resultados financeiros publicados na quarta-feira, a Sony disse que sua divisão de Jogos e Serviços de Rede gerou receitas de cerca de US$ 25 bilhões e lucros de cerca de US$ 3,2 bilhões no ano fiscal encerrado em 31 de março de 2021. É o melhor desempenho do PlayStation em sua história.

Em 2021, já foram vendidos 3.3 milhões de consoles PlayStation 5, o que deixa o número total de consoles vendidos até agora em 7,8 milhões. Como comparação, o PlayStation 4, que detia o recorde de console de venda mais rápida, conseguiu vender 7,6 milhões nos seis primeiros meses em sua época.

Como tem feito desde o Xbox One, a Microsoft segue sem revelar os números de vendas do Xbox Series X|S.

O PS5 teve algumas vantagens em relação ao PS4, como o fato de ter sido lançado em mais territórios, incluindo o Brasil, enquanto o console anterior demorou a chegar inclusive ao Japão depois de sair nos EUA e Europa. Por outro lado, o PS5 foi lançado durante uma crise mundialmente na fabricação de chips que tem atrasado a produção. Hoje, mesmo após seis meses, a demanda pelo PS5 supera em muito a oferta e é difícil encontrar o console nas lojas.

A Sony prevê que a escassez de componentes de hardware continuará durante seu atual ano fiscal, que termina em 31 de março de 2022, mas sua meta atual é exceder a marca de 14,8 milhões de consoles conseguida pelo PS4 durante seu segundo ano.

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No último ano foram vendidos 338,9 milhões de jogos para a família PlayStation, sendo 58,4 milhões títulos originais. Mais da metade (65%) dos jogos de PS4 e PS5 vendidos durante este período foram downloads digitais.

As vendas do PlayStation 4 estão hoje em 115,9 milhões de unidades. Até ser desafiado pelo PlayStation 5, o PlayStation 2 seguirá como o console de maior sucesso da Sony, com cerca de 155 milhões de unidades vendidas durante sua vida útil.

Segundo o CFO da Sony, Hiroki Totoki, a empresa está considerando soluções para lidar com a escassez global de chips, incluindo a possível alteração de designs de hardware ou a terceirização de fornecedores secundários. Mas não há expectativa de melhora da situação no atual ano fiscal.

“A escassez de semicondutores é um fator, mas existem outros fatores que vão impactar no volume de produção. Portanto, no momento, gostaríamos de ter como objetivo [bater] as vendas do segundo ano de 14,8 milhões, que foi o segundo ano do PS4”, disse o executivo.