O diretor da Scorn, Ljubomir Peklar, ofereceu uma visão destoante em relação aos comentários da Epic Games e Sony, que apontaram a SSD de altíssima velocidade do PlayStation 5 como o principal divisor de águas nos consoles da próxima geração.

Segundo ele, apesar de toda a conversa recente sobre o SSD, o verdadeiro fator de mudança no hardware de próxima geração é a boa e velha CPU, a unidade de processamento central de cada console.

Em entrevista ao site MSPowerUser, Peklar explicou seu raciocínio e a decisão de levar Scorn da atual para a próxima geração.

“Não queríamos lançar Scorn na geração atual porque queremos que nosso jogo seja jogado a 60 qps. Isso seria quase impossível sem grandes sacrifícios”, disse ele.

“A próxima geração tem tudo a ver com capacidade de resposta, suavidade e muito menos perda de tempo. O problema com esses recursos é que eles não são fáceis de vender em vídeos ou capturas de tela”.

Sobre as CPUs, que ele vê como maior fator de evolução na próxima geração e quesito no qual o Xbox Series X tem clara vantagem, o diretor disse: “Todo mundo está divulgando o SSD como a próxima grande novidade, e sim, os SSDs ajudarão muito no carregamento e movimentação de ativos, mas o maior culpado que está criando problemas na geração atual é a CPU. É daí que surgirá a maior diferença em relação à geração atual”.

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“O hardware de última geração facilita isso porque você não precisará trabalhar muito e pode se concentrar apenas na arte”, acrescentou Peklar.

Scorn, um jogo de horror em desenvolvimento há muitos anos no estúdio sérvio Ebb Software, foi uma das atrações da apresentação dos jogos do Xbox Series X na semana passada. Originalmente, ele seria lançado em pelo menos dois episódios, mas foi decidido recentemente torná-lo um único jogo para o console da nova geração da Microsoft.