O presidente da Nintendo, Shuntaro Furukawa, afirmou que a empresa conseguiu semicondutores suficientes para atender à demanda “imediata” de fabricação do Nintendo Switch, mas o gargalo global na produção de chips ainda pode resultar na falta do console nas lojas este ano.

“Conseguimos garantir os materiais necessários para a produção imediata de semicondutores para o Switch”, disse o presidente da Nintendo ao jornal Nikkei. “Porém, no Japão e em outros países, a demanda está muito forte desde o início do ano e há possibilidade de escassez em alguns varejistas no futuro”.

“É difícil dizer como vamos lidar com isso, mas em alguns casos, podemos não ser capazes de nos preparar o suficiente para os pedidos”.

A escassez global de semicondutores tem afetado a produção de eletrônicos desde o início da pandemia. Itens cobiçados como placas de vídeo para PC, novos celulares, consoles Switch, PlayStation 5 e Xbox Series X|S estão em falta em todo mundo, embora no caso da Nintendo a reposição do estoque acontecido em uma frequência suficiente para atender a demanda de muitas regiões.

Os consoles PlayStation 5 e Xbox Series X|S, bem como das placas de vídeo da série RTX 30 Nvidia, têm sido os itens mais afetados, com a maioria dos estoques nas lojas esgotados em minutos assim que são repostos.

A estimativa de analistas é que essa situação possa se estender até o Natal de 2021.

Em uma entrevista recente, o CEO da Sony Interactive Entertainment, Jim Ryan, disse que não podia garantir que a empresa seria capaz de satisfazer a demanda pelo PS5 até o final de 2021, observando em uma discussão com o Financial Times que “há muito poucas varinhas mágicas que podem ser acenadas”, embora ele acredite que a situação do abastecimento deve melhorar ao longo do ano.

A Microsoft também espera que a escassez do Xbox Series X|S persista até o segundo semestre de 2021.

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Do lado da Nintendo, há rumores sobre a introdução de um modelo Nintendo Switch Pro no mercado no final do ano, mas esses planos podem ser adiados caso a empresa não consiga sequer normalizar a produção dos modelos atuais.