A Microsoft revelou que ofereceu à Sony a opção de colocar os futuros jogos da série Call of Duty em seu serviço de assinatura PlayStation Plus no primeiro dia, em mais uma tentativa de convencer os reguladores a aprovarem seu plano de compra da Activision Blizzard.

Embora pareça uma oferta tentadora, a Microsoft não falou dos custos que envolveriam tornar o jogo AAA mais popular do mundo um “brinde” para os assinantes do PS Plus. A Sony alega justamente isso em sua argumentação contra a fusão, e diz que a oferta poderia depender de custos de licenciamento insustentáveis, o que a forçaria a aumentar os preços da assinatura.

A oferta está detalhada na resposta recém-publicada da Microsoft às conclusões provisórias do regulador do Reino Unido, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA), divulgadas no mês passado.

Em sua argumentação, a Microsoft reiterou sua disposição de assinar um contrato que garanta Call of Duty no PlayStation por 10 anos com paridade em “data de lançamento, conteúdo, recursos, atualizações, qualidade e jogabilidade com a plataforma Xbox” no PS4, PS5 e quaisquer plataformas sucessoras.

Tal paridade também se aplicará aos serviços de streaming e assinatura.

“Qualquer jogo CoD em uma assinatura multijogo da Microsoft é elegível para inclusão no serviço de assinatura multijogo da Sony, ao mesmo tempo e pela mesma duração”, afirma a Microsoft.

A Microsoft também comentou que se a compra da Activision Blizzard for aprovada pelos reguladores, ela irá disponibilizar Call of Duty e outros futuros jogos da Activision Blizzard no Game Pass no dia de seu lançamento.

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Em sua resposta, a Sony alega que a Microsoft teria uma influência significativa para manipular o preço de Call of Duty no PlayStation com base na taxa de licenciamento que decide cobrar. Sobre a assinatura, a SIE afirma que “isso destruiria comercialmente o modelo de assinatura da SIE”.

O relatório final da CMA sobre o acordo com a Activision Blizzard deve ser entregue em 26 de abril.