A Microsoft confirmou que ofereceu um contrato para manter Call of Duty nas plataformas PlayStation por 10 anos, em uma tentativa de aprovar a aquisição planejada da Activision Blizzard.

Em um artigo de opinião sobre o acordo publicado no Wall Street Journal, o presidente da Microsoft, Brad Smith, explicou que o contrato oferecido será “legalmente executável pelos reguladores nos EUA, Reino Unido e União Europeia”, territórios nos quais a Sony tem concentrado seus esforços para convencer os reguladores a vetarem a compra da Activision Blizzard.

A proposta está longe de agradar a Sony, e o próprio Smith reconhece que a dona do PlayStation estaria “tão empolgada com este acordo quanto a Blockbuster estava com a ascensão da Netflix”. Porém, a Microsoft insiste que esta seria apenas uma necessidade de estipular uma data em contrato, e seu plano é de continuar com Call of Duty no PlayStation por tempo indefinido, visando a popularidade da franquia, que não poderia simplesmente abrir mão da base instalada do PlayStation.

“O principal risco anticompetitivo potencial que a Sony levanta é que a Microsoft deixará de disponibilizar ‘Call of Duty’ no PlayStation. Mas isso seria economicamente irracional”, disse o presidente da Microsoft, Brad Smith, no artigo de opinião do WSJ.

O chefe do PlayStation, Jim Ryan, disse em setembro que a oferta anterior da Microsoft de manter Call of Duty no PlayStation por três anos após o término do contrato atual era inadequada. Mesmo ampliada para dez anos, a condição não agrada a Sony, que passaria a ver os principais jogos de tiro em primeira pessoa do mercado sob controle da Microsoft e muito provavelmente com atrativos suficientes para convencer o público da série no PlayStation a migrar para o console rival.

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A proposta de compra da Activision Blizzard pela Microsoft por enquanto foi aprovada apenas no Brasil, Arábia Saudita e Sérvia.