A Wargaming, desenvolvedora de World of Tanks, anunciou que vai encerrar suas operações na Rússia e na Bielorrússia, em consequência da invasão da Ucrânia.
Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, a empresa fundada pelo russo Victor Kislyi na capital da Bielorrússia, Minsk, disse que decidiu que “não será proprietária ou operará nenhum negócio” na Rússia e na Bielorrússia, após uma revisão estratégica.
A Wargaming também transferiu a gestão de seus jogos online na Rússia e na Bielorrússia para o Lesta Studio, sediado em São Petersburgo, que não faz mais parte da Wargaming. O Lesta Studio ingressou na Wargaming em 2011 e ajudou a criar World of Warships, um dos jogos do portfólio do grupo, junto de World of Tanks e World of Warplanes.
“A empresa não vai lucrar com esse processo hoje ou daqui para frente. Muito pelo contrário, esperamos sofrer perdas substanciais como resultado direto desta decisão”, explicou a Wargaming.
De acordo com seu site oficial, a Wargaming emprega 5.500 funcionários em mais de 20 escritórios em todo o mundo. Esses números serão revisadas para baixo agora que o grupo perdeu o Lesta Studio e seus funcionários.
Em 2011, a Wargaming mudou sua sede de Minsk para Nicósia, Chipre, mas a capital bielorrussa permaneceu o coração do desenvolvimento de World of Tanks e de World of Tanks Blitz. No entanto, o processo de fechamento do estúdio de Minsk está em andamento. Além disso, a Wargaming abriu um estúdio para desenvolvimento de títulos para plataformas móveis em Moscou em outubro de 2017.
“Forneceremos o maior número possível de pacotes de indenização e suporte aos nossos funcionários afetados por esta mudança. Apesar da magnitude desta decisão, estamos confiantes no futuro da nossa empresa e estamos empenhados em fornecer jogos de qualidade aos nossos jogadores”, diz o comunicado.
Em 26 de fevereiro, nos primeiros dias da guerra na Ucrânia desencadeada por Vladimir Putin, a imagem da Wargaming foi manchada pelas palavras de seu diretor criativo Sergey Burkatovskiy, que exibiu publicamente suas opiniões pró-Rússia e, portanto, pró-guerra. A administração da Wargaming respondeu prontamente, afastando Burkatovskiy e emitindo a seguinte declaração: “Toda a nossa equipe está agora focada em ajudar nossos mais de 550 colegas em Kiyv e suas famílias… A opinião de Sergey contradiz completamente a posição da empresa. Ele não é mais um funcionário da Wargaming”.