Após a formação de seu sindicato, os funcionários da Raven Software, desenvolvedora de Call of Duty Warzone, anunciaram que estão encerrando a greve que durava desde 6 de dezembro.

A conta no Twitter da ABK Workers Alliance, que reúne desde meados do ano passado funcionários militantes do grupo Activision Blizzard King, confirmou o fim da greve enquanto aguarda o reconhecimento do sindicato Game Workers Alliance (Aliança dos Trabalhadores de Games) pela direção do grupo, algo que não será de responsabilidade da Microsoft, nova proprietária da Activision Blizzard.

Os cerca de 60 funcionários do departamento de garantia de qualidade da principal desenvolvedora de Call of Duty: Warzone iniciaram uma greve em 6 de dezembro após o anúncio da demissão de 12 membros da equipe.

Além do risco de demissão, os funcionários do departamento de testes se queixam de salários baixos, horas extras frequentes e falta de reconhecimento que muitas vezes resulta em testadores sendo marginalizados em comparação com outros membros da equipe de desenvolvimento. Os funcionários descontentes da Activision Blizzard arrecadaram mais de US$ 370.000 pela plataforma GoFundMe desde o início da greve e planejam usar os recursos para apoiar eventos futuros. A nova temporada de Call of Duty: Vanguard e Call of Duty: Warzone foi adiada por 12 dias, sem que seja possível medir o impacto direto da greve nesse atraso.

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Em relação às reivindicações dos funcionários da Raven, uma mudança notável foi anunciada pela Activision: os testadores de garantia de qualidade agora trabalharão diretamente com outras equipes de estúdio, como artistas, animadores, designers e programadores. “Este é o próximo passo em um processo que foi cuidadosamente pesquisado e preparado por algum tempo, e essa estrutura alinha a Raven com as melhores práticas de outros grandes estúdios da Activision”, disse um porta-voz da Activision.