Funcionários da EA ameaçaram entrar em greve caso a empresa não anunciasse iniciativas concretas de apoio à causa LGBTQ+ em junho, o Mês do Orgulho LGBTQ+, enquanto apenas coloria seu logo com a bandeira do arco-íris para a ocasião.

A greve começou a ser organizada pelo Slack interno da EA, visto pelo site GamesIndustry.biz, e a demanda seria por planos concretos da EA de apoiar as iniciativas trans e LGBTQ+ em junho.

“Se virmos a empresa pintar seu logotipo com arco-íris sem fazer nenhuma declaração substantiva em apoio a pessoas trans sendo abusadas em todo o país nos EUA e em outros lugares, especialmente depois de afirmar que a empresa não quer fazer nenhuma declaração que não seja apoiada pelos diversos pontos de vista de nossos 13.000 funcionários, saímos coletivamente na sexta-feira, 3 de junho”, dizia a mensagem.

“Apenas colocar um arco-íris em nosso logotipo em junho sem nenhuma ação mais ampla será inaceitável”, ameaçaram os funcionários.

Em seguida, outro e-mail foi enviado às equipes de redes sociais da EA com detalhes sobre o que os funcionários podem e não podem postar durante o mês do Orgulho.

“Como a maioria de vocês sabe, quando 1º de junho chega, muitas empresas se inclinam para a celebração do Orgulho – muitas vezes com um esforço limitado além do arco-íris pintando seus perfis de contas sociais”, dizia o e-mail. “À medida que avançamos no mês, queremos garantir que nossos esforços para celebrar o orgulho sejam significativos”.

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As iniciativas da EA para o mês do Orgulho LGBTQ+ “serão compartilhados esta semana”. Enquanto isso, orientações sobre o que os líderes, estúdios e franquias da EA podem fazer para apoiar o mês do Orgulho externamente estão circulando internamente e foram vistas pelo GamesIndustry.biz, que menciona diretrizes como “mensagens e gráficos compartilhados online podem não ser de natureza política” e cópia/gráficos propostos deverão ser “enviados à equipe de comunicação corporativa da EA para revisão antes de serem compartilhados”.

A EA estaria “recomendo fortemente atividades que vão além de verbalizar o apoio ao Orgulho”, o que inclui compartilhar atividades nos jogo relacionadas à causa e direcionar os jogadores para recursos para aprender sobre o tema. Os funcionários também são incentivados a compartilhar outros esforços que a EA fez historicamente para apoiar a causa.

Para acalmar os ânimos e impedir a greve, a EA por enquanto decidiu que não irá colorir seu logo nas redes sociais com as cores do arco-íris durante o mês de junho.

A pressão por apoio à causa LGBTQ+ é uma de várias demandas recentes de funcionários de empresas americanas do mercado de video games. Recentemente, o CEO do PlayStation, Jim Ryan, assumiu uma postura de neutralidade em relação ao tema do aborto, o que provocou a ira de funcionários da filial americana e obrigou a empresa a fazer uma doação para uma ONG pró-aborto em resposta.