A Square Enix pretende vender participações em alguns de seus estúdios para melhorar a eficiência de sua operação, ao mesmo tempo em que volta seu foco para jogos feitos no Japão.

Os planos da editora japonesa foram expostos durante uma teleconferência nesta sexta-feira, acompanhada pelo analista do mercado japonês David Gibson, que resumiu o assunto no Twitter.

De acordo com Gibson, a venda da Crystal Dynamics e da Eidos para o Embracer Group anunciada em maio foi a fase 1 dos planos da Square Enix e a intenção desta seria enxugar o portfólio, já que a produtora entendeu que os títulos desenvolvidos nesses estúdios estavam canibalizando as vendas do restante do grupo.

A fase 2 será “diversificação da estrutura de capital do estúdio”. “O aumento dos custos de desenvolvimento de jogos significa que, com estúdios 100% próprios, eles precisam ser seletivos e concentrar recursos, o que limita a expansão”, escreveu Gibson.

A Square Enix pretende fazer “uma revisão do portfólio de estúdios” e “alguns estúdios permanecerão 100%, enquanto outros mudarão (método de equidade ou joint venture)”. Ao mesmo tempo, a empresa buscará “explorar para expandir o portfólio de estúdios”.

Segundo Gibson, o “maior impacto está nos estúdios da UE/EUA em torno de grandes títulos”, e as mudanças significam que a Square Enix “será capaz de alocar recursos principalmente para títulos do Japão”.

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Nos bastidores, especula-se que possíveis interessados na compra de parte dos estúdios da Square Enix seriam a Sony e grupos chineses interessados e expandir para mercados internacionais, como o Tencent e NetEase, além do coreano Nexon.

Gibson também observou que a decisão da Square Enix é “extraordinária” porque as finanças da editora estão no azul. A empresa tem um caixa de US$ 1,4 bilhões após a venda da Eidos e Crystal Dynamics, e nenhuma dívida.

Após a teleconferência e a divulgação do último balanço, o preço das ações da Square Enix subiu cerca de 11%.