A Riot Games, produtora de League of Legends e Valorant, afastou um de seus executivos e iniciou uma investigação interna depois que este publicou um comentário sobre o passado criminoso de George Lloyd, o americano morto pela polícia que motivou os recentes protestos anti-racismo em todo o mundo.

Ron Johnson, chefe global de produtos na Riot Games, compartilhou uma postagem em seu Facebook pessoal na qual era listada a ficha criminal e outras atitudes condenáveis de Floyd antes de sua morte, entre elas várias prisões por roubo e porte de drogas. Um dos casos mais sérios seria um assalto a mão armada a uma mulher grávida dentro de sua residência. A postagem lamenta que esta mulher não tivesse armada.

“Isso não é motivo para justificar sua morte pelo policial, que ainda precisa ser investigada como um crime em potencial”, escreveu Johnson no post anexo à imagem. “É uma oportunidade de aprendizado para as pessoas (e seus filhos) ensinarem que esse estilo de vida criminoso nunca resulta em coisas boas acontecendo com você ou com as pessoas ao seu redor”.

Em comunicado ao site Vice, a Riot Games disse: “Fomos informados sobre a publicação nas mídias sociais e lançamos uma investigação. Diremos com firmeza que o sentimento nessa imagem é repugnante, contra nossos valores e contraria diretamente nossa crença de que enfrentar o racismo sistêmico requer uma mudança social imediata, que detalhamos nos compromissos que assumimos na sexta-feira. Embora não discutamos os detalhes de nossas investigações ou seus resultados, estamos acompanhando nosso processo disciplinar de perto e o deixamos aguardando sua conclusão”.

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A Riot Games anunciou esta semana que está investindo US$ 10 milhões em estúdios de games liderados por negros e outras minorias. O estúdio está tentando limpar sua imagem para a mídia progressista desde que foi forçado a pagar milhões de dólares para encerrar um processo por machismo movido por ex-funcionárias.