O designer chefe dos três primeiros Gears of War, Cliff Bleszinski, disse que a Epic Games vendeu a série à Microsoft em um momento de decadência, quando já não sabia mais o que fazer com ela.

Bleszinski deixou a Epic Games em 2012, logo após o lançamento de Gears of War 3 e quando já tinha mais de 20 anos na produtora. Em seguida, ele tentou trilhar sem sucesso um caminho independente, que terminou com o fracasso de seu shooter LawBreakers.

Falando ao site IGN sobre a época anterior à sua saída, Bleszinski disse que a Epic ficou sem ideias para onde levar Gears of War após a saída de vários funcionários importantes. E foi aí que a Microsoft apareceu com a proposta de comprar a série.

“Eu honestamente acho que uma vez que Lee Perry [designer de Gears of War 2], eu e Rod Ferguson [produtor de Gears of War] saímos, acredito que a Epic realmente não sabia o que fazer com a franquia”, disse ele.

“Eles não lançavam um jogo há algum tempo. O motor [Unreal] estava indo muito bem, mas eles estavam crescendo e provavelmente precisavam da receita, embora realmente não soubessem o que fazer com o futuro da franquia”.

Gears of War havia vendido mais de 22 milhões de unidades e arrecadado mais de US$ 1 bilhão de dólares quando o acordo de compra da Microsoft foi anunciado em 2014.

Desde então, a Microsoft incumbiu o estúdio The Coalition com a missão de continuar Gears of War e lançou dois jogos na série principal: Gears of War 4 de 2016 e Gears 5 de 2019, bem como Gears of War: Ultimate Edition e o “spin-off” de estratégia Gears Tactics.

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Segundo a Microsoft, o último Gears of War 5 “vendeu bem”, apesar de ser um título oferecido desde o primeiro dia na assinatura do Game Pass. Uma continuação da série por enquanto não foi anunciada.

O estúdio The Coalition segue discreto sobre seus planos e em maio de 2021 informou apenas que estava adotando o Unreal Engine 5 para seus próximos projetos, que ainda são desconhecidos do público.