A Riot Games se juntou à longa lista de empresas afetadas por demissões em massa, em um reajuste à realidade do mercado após a bonança dos anos da pandemia.

Em comunicados dirigidos ao público e seus funcionários, a subsidiária da Tencent anunciou que irá demitir 11% do seu quadro de funcionários, o que representa nada menos que 530 pessoas.

“Durante a maior parte da nossa história, conseguimos evitar dias como este, mas esta decisão é crucial para o futuro da Riot. Não se trata de apaziguar os acionistas ou de obter lucro trimestral. É uma necessidade”, escreveram os diretores Dylan Jadeja e Marc Merrill.

Assim como outras produtoras de jogos que precisaram demitir nos últimos meses, a Riot duplicou sua força de trabalho em poucos anos e e se dispersou em uma multiplicidade de projetos. “Nossos custos aumentaram ao ponto da insustentabilidade e não temos mais espaço para experimentação ou fracasso – o que é vital para um negócio criativo como o nosso”, justificam agora os diretores da empresa.

“Nos últimos anos, à medida que a Riot mais que dobrou seu número de funcionários, espalhamos nossos esforços por cada vez mais projetos sem lâminas afiadas o suficiente para decidir o que os jogadores mais precisavam. Os ajustes que estamos fazendo visam nos concentrar nas áreas que têm maior impacto na sua experiência e, ao mesmo tempo, reduzir o investimento em coisas que não têm”, acrescentaram os diretores.

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Como parte das mudanças, a Riot pretende agora se concentrar no desenvolvimento interno e no apoio a League of Legends, Valorant, Teamfight Tactics e Wild Rift. Legends of Runeterra, o jogo de cartas colecionáveis lançado em 2020, terá sua equipe e escopo reduzidos devido a “desafios financeiros” desde o lançamento.

“Apesar das conquistas críticas e do papel que desempenhou na construção do mundo de Runeterra, LoR enfrentou desafios financeiros desde o lançamento, custando significativamente mais para desenvolver e apoiar do que gera”, disse a empresa.

A Riot também irá fechar o selo de publicação Riot Forge assim que concluir o lançamento de Bandle Tale: A League of Legends Story.

“Forge foi um experimento para ver o que aconteceria quando a Riot fizesse parceria com seus desenvolvedores independentes favoritos e os soltasse em Runeterra com seus pontos de vista, estilos e conhecimentos únicos”, disse a empresa. “Estamos orgulhosos do que fizemos juntos para dar vida a essas histórias, mas é hora de redirecionar nossos esforços para os ambiciosos projetos em andamento internamente na Riot”.