O diretor das séries Silent Hill, Siren e Gravity Rush, Keiichiro Toyama, anunciou sua saída do Japan Studio da Sony para fundar um novo estúdio chamado Bokeh. Ele foi acompanhado por seus colegas Junya Okura, designer-chefe da série Gravity Rush, e Kazunobu Sato, designer-chefe de Puppeteer, que também estão deixando a Sony após quase duas décadas de serviço.

Toyama afirmou que “muitas pessoas” com as quais trabalhou durante seu período na Sony também estão planejando se juntar ao Bokeh.

O primeiro projeto do novo estúdio será um jogo de ação e aventura em escala semelhante à dos trabalhos anteriores de Toyama. Em um vídeo, que pode ser visto abaixo, a equipe mostra algumas artes conceituais que revelam um tema de horror similar a Silent Hill e Siren.

“Quero aproveitar a criação de agora em diante”, disse Toyama. “Muitas pessoas com as quais trabalhamos no passado estão se juntando a nós também. Estou convencido de que seremos capazes de oferecer algo que todos gostarão”.

“Em primeiro lugar, quero cumprir as expectativas dos nossos fãs, mas, ao mesmo tempo, quero voltar e desfrutar de como é divertido fazer jogos. Quero compartilhar esse sentimento com os jogadores. É isso que pretendo de agora em diante”.

Questionado pela revista Famitsu sobre suas franquias anteriores, Siren e Gravity Rush, o diretor disse que pretendia construir um bom relacionamento com a Sony e que poderia trabalhar com essas propriedades intelectuais novamente no futuro, caso os interesses das duas empresas se alinhassem.

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A saída de membros veteranos do estúdio japonês da Sony confirma um rumor lançado pela Bloomberg em novembro, que revelava uma mudança de foco da Sony do Japão para o mercado americano com o PlayStation 5.

O Japan Studio co-desenvolveu jogos como Bloodborne, Astro’s Playroom e The Last Guardian na última geração, mas teria dispensado boa parte de seus funcionários recentemente.

Apesar dos sinais de enfraquecimento do Japan Studio, a Sony afirmou através de sua porta-voz Natsumi Atarashi que “nosso mercado doméstico continua sendo de extrema importância” e qualquer sugestão que a Sony estava mudando seu foco do Japão para os EUA estava incorreta e “não reflete a estratégia da empresa”.