Os desenvolvedores de Dreams vêem com bons olhos o trabalho dos fãs em criar remakes de seus jogos favoritos na ferramenta, mas querem que o público esteja preparado para lidar com questões de direitos autorais e a proibição de certos conteúdos.

Falando ao site VG247, a Media Molecule disse que recriar jogos e outras propriedades famosas de terceiros é uma ótima maneira de exercitar habilidades de criação no editor de Dreams, mas os criadores devem estar atentos às questões de propriedade intelectual.

“Eu acho que é natural que as pessoas tentem refazer as coisas. É realmente uma ótima maneira de aprender: aprender arte, aprender música, aprender as ferramentas, forçar o sistema de criação”, disse Liam de Valmency, programador sênior de Dreams. “Mas se você estiver criando coisas em cima de propriedades intelectuais, elas podem desaparecer em algum momento. Nossa política geral é que, se os proprietários de PI nos pedirem para derrubar algo, nós o faremos”.

Mesmo que ainda em fase beta, Dreams já teve inúmeros remakes de jogos e trailers como Metal Gear Solid, Final Fantasy 7 e a famosa demo PT da Konami. Este último foi um caso de jogo que precisou ser removido por reclamação da dona da marca, no caso a Konami.

Os usuários de Dreams ainda poderão criar à vontade e evitar problemas se não compartilharem suas criações publicamente, segundo Valmency.

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“Os jogadores podem fazer essas coisas e depois apenas mantê-las para si ou mostrar para seus amigos. É uma ótima maneira de fazer isso sem arriscar que nada seja derrubado”, disse ele.

Na mesma entrevista, Valmecy comentou que a Media Molecule espera atualizar Dreams por muitos anos, talvez até além da era do PS5. Visto que o jogo sequer tem data de lançamento por enquanto e o PS5 sai no final de 2020, é praticamente uma certeza que haverá versões para o PS4 e PS5 desde o início.