O criador da série Yakuza, Toshihiro Nagoshi, anunciou a criação de seu novo estúdio em parceria com a Netease, o Nagoshi Studio.

O nome do estúdio havia aparecido em um registro de marca na Europa no começo do mês, e agora foi confirmado oficialmente pelo próprio Nagoshi, que também divulgou uma foto de sua equipe inicial.

O estúdio é uma “subsidiária integral” da gigante chinesa NetEase Games e se concentrará no desenvolvimento de “títulos de ponta para lançamento mundial”, principalmente em consoles.

Nagoshi trouxe para sua nova casa vários colegas da Sega, entre eles Daisuke Sato, diretor e produtor da série Yakuza. A equipe fundadora do estúdio também conta com:

Kazuki Hosokawa (designer que trabalhou em Panzer Dragoon e Jet Set Radio, diretor de arte e designer dos jogos Yakuza e Judgment)
Koji Tokieda (programador que trabalhou em Super Monkey Ball e F-Zero AX/GX, programador principal de Yakuza: Like a Dragon)
Masao Shirosaki (designer que foi produtor de jogos das séries Super Monkey Ball e Yakuza)
Mitsunori Fujimoto (engenheiro que ofereceu suporte ao desenvolvimento de jogos da Sega desde 1999)
Naoki Someya (designer de fundo para a série Yakuza e diretor de arte de Judgment)
Toshihiro Ando (artista que foi o designer de personagens principal de Judgment)
Taichi Ushioda (diretor que já trabalhou para Square Enix, Level-5 e Sega)

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Em entrevista à revista Famitsu, Nagoshi confirmou que o estúdio, sediado no bairro Ebisu, em Tóquio, já começou a trabalhar em seu primeiro jogo, que terá novamente um tema bem japonês, como Yakuza e Judgment.

“Somos japoneses e somos um estúdio japonês, então, naturalmente, o mercado que mais entendemos é o Japão”, justificou Nagoshi.

“Estamos tentando desesperadamente encontrar uma metodologia que nos permita criar algo que seja aceito em todo o mundo, mantendo nosso foco no Japão. No entanto, acho que não consegui dar uma resposta completa a essa pergunta até agora. Para encontrar a resposta, perseguir o ideal, criei o Nagoshi Studio. No entanto, o foco permanecerá no Japão no futuro”.

Nagoshi diz que quer administrar um estúdio “aberto”, com discussões de equipe que ignorem hierarquia e antiguidade.

“Acreditamos que o primeiro passo para criar um trabalho de qualidade e cumprir a essência do entretenimento com alta motivação começa com um ambiente aberto”.

“Fale com todas as suas palavras, independentemente da sua posição. Não tenha medo de cometer erros, mas corrija-os obedientemente e faça dos erros uma fortuna. E não abandone o ideal, mas mantenha-se nele”.

O produtor também ressaltou que pretende lançar jogos apenas quando sentir que estão realmente prontos, ao invés de apressá-los.

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“Eu costumava trabalhar com a Nintendo e invejava e admirava sua postura de ‘não lançaremos um jogo até que possamos dizer que está pronto'”, disse ele.

“Eu tinha inveja e admiração por essa postura, e quero manter essa mesma política de não abandonar ideais, mas perseverar até que esses ideais se concretizem. Se você nunca fez um jogo antes, pode pensar que isso é uma coisa óbvia a se dizer. Mas se alguém que faz jogos ouvir, eles podem pensar: ‘Você tem certeza de que pode dizer algo assim hoje em dia?'”.