O governo da China afirmou que suas medidas para inibir o vício em videogames em adolescentes tiveram “resultados notáveis”, solucionando o problema por enquanto.

As autoridades chinesas divulgaram na terça-feira os resultados das medidas que começaram a ser implantadas em agosto de 2021, com uma restrição drástica do acesso aos jogos online para menores de 18 anos. Esses estão proibidos por lei de jogar online durante a semana, e podem usufruir dos jogos por não mais que três horas por semana na sexta-feira, sábado, domingo ou feriados.

Segundo o governo chinês, mais de 75% do público adolescente seguiu essa regra e no momento não há planos para implementar mais restrições, já que as medidas surtiram o efeito desejado. A aplicação da lei é responsabilidade das operadoras dos jogos no mercado chinês, que cruzam os dados de identificação de usuários com uma base de dados da polícia.

A China considera o vício em jogos online um “ópio espiritual” que compromete o futuro da nova geração.

“Muitos pais disseram que o problema do vício do jogo entre adolescentes e crianças afetou severamente sua capacidade de aprender e estudar, bem como sua saúde física e mental, causando até uma série de problemas sociais”, justificou a NAAP, Administração Nacional de Imprensa e Publicações, que regula o mercado chinês de jogos online.

As medidas cada vez mais restritivas a nível local estão forçando as gigantes chinesas dos videogames, Tencent e NetEase, a fazer investimentos pesados em empresas internacionais e expandir sua área de atuação para além da China.