O salto nos gráficos da atual geração para o PlayStation 5 e o novo Xbox deve ser pequeno e até difícil de notar, na opinião do chefe da Devolver Digital, Graeme Struthers.

Falando ao Gamespot durante a PAX Australia, Struthers comentou que está entusiasmado com a chegada do PlayStation 5 e o Xbox Project Scarlett no final de 2020, mas acredita que o enorme salto de qualidade dos gráficos que ocorria entre as gerações no passado está diminuindo e tende a ser bem menos nítido desta vez.

“Eu acho que é cada vez mais difícil reparar nas diferenças [entre novos consoles], mas também é legal que os dois entrem com uma nova geração [de consoles] porque isso significa que eles vão investir mais dinheiro nesse espaço, o que criará mais usuários”, disse o chefe da Devolver. “É bom para todos. E ter a Nintendo em uma saúde tão boa e vibrante, você tem três plataformas de console e ainda o Apple Arcade, Steam e Epic”.

A opinião de Struthers tem sido compartilhada por muitos desenvolvedores desde a transição da geração passada, do PS3 e Xbox 360 para o PS4 e Xbox One. O consenso é que, enquanto no passado os consoles podiam mudar radicalmente, como sair do 2D para o 3D, ou das telas de tubo de alta definição para as TVs HD, há muito menos inovação hoje e a tecnologia permite não muito mais que incrementos de resolução e iluminação mais realista. No caso do PS5 e Xbox Scarlett, a principal inovação no aspecto gráfico deve ser a popularização do ray-tracing, a tecnologia que calcula e renderiza cenas considerando a incidência de raios de luz individuais sobre os objetos.

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Outro detalhe que colabora com a sensação de pouca evolução é o PC e a evolução constante de seu hardware. O computador hoje em dia recebe os mesmos jogos dos consoles e acaba se misturando entre uma e outra geração, sendo sempre a primeira plataforma a testar novas tecnologias gráficas.