O CEO da Ubisoft, Yves Guillemot, pediu desculpas pela frase “a bola está com vocês”, direcionada aos funcionários da produtora durante uma apresentação de resultados decepcionantes na semana passada.

Na apresentação dos resultados da empresa na semana passada, que incluiu o anúncio de mais um adiamento para Skull and Bones, o cancelamento de três projetos em desenvolvimento e uma previsão de ganhos reduzidos, Guillemot teria sugerido que o ônus recairia sobre os trabalhadores para cumprir as próximas metas da empresa e reverter sua sorte.

“A bola está com vocês para entregar esta linha de jogos no prazo e no nível de qualidade esperado, e mostrar a todos o que somos capazes de alcançar”, escreveu Guillemot em um email enviado aos funcionários da Ubisoft.

Agora, Guillemot alega que a frase foi mal interpretada e seu intuito não foi responsabilizar os funcionários pelos maus resultados, mas estimulá-los a dar o melhor para os projetos que seguem em desenvolvimento.

“Ouvi o feedback e lamento que isso tenha sido percebido dessa forma”, disse o executivo em uma sessão de perguntas e respostas na quarta-feira. “Ao dizer ‘a bola está com vocês’ para entregar nossa linha de jogos no prazo e com o nível de qualidade esperado, quis transmitir a ideia de que mais do que nunca preciso do seu talento e energia para fazer isso acontecer. Esta é uma jornada coletiva que começa, claro, comigo e com a equipe de liderança para criar as condições para que todos nós tenhamos sucesso juntos”.

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Os comentários feitos por Guillemot na semana passada foram respondidos com uma conclamação de greve organizada pelo sindicato Solidaires Informatique, que representa os funcionários da Ubisoft Paris.

O sindicato também emitiu uma lista de quatro demandas à Ubisoft, incluindo um aumento imediato de 10% para todos os salários “para compensar a inflação” e melhores condições de trabalho, incluindo a redução da jornada a quatro dias por semana.

A diretora de recursos humanos da Ubisoft, Anika Grant, rejeitou a proposta de redução da jornada de trabalho e disse que aumentos para compensar a inflação não estavam sendo considerados à luz da atual situação financeira da empresa.