O CEO da The Pokémon Company admitiu que não acreditava no sucesso do Switch antes do console ser lançado e esgotar nas lojas.

Tsunekazu Ishihara, que comanda a empresa dona da franquia Pokémon e que tem a Nintendo como principal acionista, revelou à Bloomberg que errou em seu diagnóstico inicial sobre o Switch. A crença do executivo era de que ninguém iria querer mais um console portátil na era dos smartphones.

“Eu disse à Nintendo que o Switch não seria um sucesso antes de começar as vendas porque pensei que, na era do smartphone, ninguém iria transportar um console de jogos”, disse o CEO da The Pokémon Company.

Mas como sempre, a fórmula “mágica” repetida pela Nintendo desde os anos 80, de prover grandes jogos exclusivos, se mostrou determinante para o sucesso do hardware.

“É óbvio que eu estava errado. Eu percebi que a chave para um jogo bem sucedido é bastante simples: o software com qualidade absoluta leva às vendas de hardware. O jeito de jogar pode ser flexível se o software for atrativo o suficiente”.

Apesar do começo muito animador do Switch, que segue com demanda alta e vendas comparáveis às dos consoles mais populares das últimas décadas, Ishihara recomenda cautela à Nintendo.

“Atualmente, ele é popular entre os primeiros adotantes e precisa dar mais um passo para atrair um público mais amplo”, acrescentou o CEO. “Eu vejo mais potencial no Switch, mas não se deve superestimar seu potencial”.

Ishihara também comentou sobre a produção do primeiro Pokémon na série principal para o Switch.

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“Nós vemos [o Switch] como uma chance de criar um Pokémon que vai mais fundo e com um maior nível de expressão. Como resultado, isso torna uma plataforma extremamente importante”, disse ele.

“Neste momento, estamos usando telas de 7 a 8 polegadas, mas em uma TV de alta definição você pode expressar um mundo completamente diferente com gráficos e som. Até agora, os jogos eram feitos para uma pessoa, mas agora você pode ir para casa e jogar com todos – então, como abordamos esses temas e como nós nos certificamos de que não será complicado?”.