A Capcom pretende vender 10 milhões de cópias de Street Fighter 6, número superior ao que foi conseguido pelo jogo anterior da série, que ficou restrito ao PC e PlayStation 4.

Em entrevista à revista Famitsu, o presidente da Capcom, Haruhiro Tsujimoto, foi questionado se a tentativa de tornar Street Fighter mais atraente para um público mais amplo e disponível em todas as plataformas teve um impacto no custo de desenvolvimento do jogo.

“A série Street Fighter é o nosso principal título, então não hesitamos em investir nela”, respondeu Tsujimoto.

“Nos últimos anos, vários títulos da série Resident Evil venderam 10 milhões de cópias, e a série Monster Hunter agora tem títulos que almejam 20 milhões de cópias. Street Fighter V já vendeu mais de 7 milhões de cópias. Se conseguirmos aproveitar nossa experiência em vendas digitais, poderemos almejar 10 milhões de cópias com o próximo jogo”, estima Haruhiro Tsujimoto.

O presidente da Capcom não deve, no entanto, esquecer que a competição também está se tornando cada vez mais forte comercialmente, em particular com Tekken e Mortal Kombat, cujas versões modernas atingiram público maior que aquele conquistado por Street Fighter 5.

Por mais ambicioso que seja esse objetivo, a Capcom está se dando tempo para alcançá-lo, lembrando que Street Fighter V ultrapassou 7 milhões de cópias distribuídas em todo o mundo à custa de 7 anos de atualizações, conteúdo adicional e promoções. Com as vitrines virtuais hoje sendo responsáveis por mais de 80% das vendas, Street Fighter 8 terá a vantagem de não depender das gôndolas cuja visibilidade enfraquece com o tempo, sem falar no melhor controle de preços.

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“Antes das versões digitais se tornarem comuns, a maioria dos nossos jogos eram versões físicas vendidas nas lojas, mas devido ao funcionamento das prateleiras, só podíamos enviar o número de cópias que se esgotariam em seis meses. Isso significava que não poderíamos continuar a vender jogos após esse período, mesmo que quiséssemos. Nos últimos anos, comprar em uma loja digital tornou-se mais comum”, comentou Tsujimoto.

“A partir de 2021, estabelecemos como objetivo garantir a venda dos títulos três anos após seu lançamento. A razão pela qual definimos um período de três anos é que nosso período de amortização padrão para desenvolvimento é de cerca de dois anos, então sempre vale a pena vender títulos a partir do terceiro ano a um preço unitário menor”.