Após sete anos de desenvolvimento e muitos boatos, a Apple finalmente anunciou sua entrada no mercado de headsets de realidade aumentada e VR com o Apple Vision Pro.

Revelado na WWDC desta segunda-feira, o Vision Pro foi promovido como um headset de alta tecnologia, equipado com o chip M1, mas direcionado a aplicações de trabalho e dia a dia, e não tanto para jogos.

O foco do Vision Pro será mais na realidade aumentada do que na virtual. A Apple classifica esse novo paradigma como “computação espacial”, que significa uma forma de interagir com interfaces do usuário, semelhante a um mouse ou trackpad, mas em um cenário que mescla o mundo real com o virtual.

Em suas demonstrações, a Apple mostrou os usuários assistindo filmes, participando de reuniões e manipulando a área de trabalho do Mac.

As ações serão feitas combinando voz e o movimento dos olhos e dos dedos, sem a existência de um controle físico. Ao olhar para um ícone no desktop, por exemplo, ele será automaticamente ressaltado e então o usuário poderá “clicar” fazendo um pequeno gesto com os dedos. Outros gestos serão usados para funções como rolar a tela.

O formato físico do Vision Pro é semelhante a uma máscara de esqui e o rosto do usuário será mostrado na parte da frente, como se o headset fosse transparente. Isso será conseguido com a renderização de um modelo digital do rosto do usuário previamente, que então será reproduzido em uma tela na parte externa do Vision Pro.

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Também há uma câmera 3D integrada, permitindo que os usuários capturem fotos e vídeos “espaciais”, bem como uma opção de cinema que simula a experiência de ver filmes na tela grande e cheia.

Com um contorno de alumínio típico dos produtos da Apple, o Vision Pro terá um botão físico para captura de imagem e uma coroa digital para ajustes. A parte traseira tem uma alça flexível e a viseira se estende da tela até a cabeça do usuário, para manter a luz do lado de fora. Nas laterais estão embutidos “pods de áudio” para reproduzir o som.

As telas do Vision Pro são duas micro-OLED com altíssima resolução, equivalente a 64 pixels no espaço de um pixel padrão do iPhone. A lente de três elementos foi projetada para melhorar a imagem de todos os ângulos. A empresa também se associou à Zeiss para trazer inserções de vidro de prescrição personalizadas, em vez de acomodar os óculos do usuário.

Segundo a Apple, o Vision Pro tem tantas inovações que a empresa registrou mais de 5000 patentes relacionadas a ele durante seu desenvolvimento.

O Apple Vision Pro será lançado em 2024 e custará nada menos que US$ 3499, o que o torna não apenas o headset de AR/VR mais caro dos últimos anos como um produto de nicho que certamente terá um mercado muito limitado.