Você sabia que apesar da SEGA ter o Master System na década de 80, ela licenciou alguns de seus jogos para outras empresas fazerem versões no Nintendo 8 bit, o console concorrente? Um desses jogos é Alien Syndrome, que além da versão para Master System, também recebeu uma versão para o NES no Japão e nos Estados Unidos pela Sunsoft e Tengen. Será que ficou melhor do que no Master System?

Alien Syndrome foi lançado pela SEGA nos arcades em 1987. Este é um jogo pra até dois jogadores onde você controla um fuzileiro espacial que deve salvar pessoas aprisionadas por aliens. O jogador coloca uma bomba relógio e precisa salvar algumas pessoas antes que ela exploda. O herói anda pelo cenário atirando nos aliens, pegando armas nas paredes e procurando os reféns. Obviamente, o jogo é bastante inspirado na franquia de filmes Alien, com alguns aliens sendo bem parecidos. Depois de resgatar o número de reféns necessário, a saída se abre. Lá, um chefe guarda a saída para a próxima fase. As músicas são meio abstratas, mas funcionam pra dar criar uma certa tensão. O jogo não é lá um dos arcades mais populares da SEGA, mas foi bem bacana pra época.

No mesmo ano, Alien Syndrome foi portado pro Master System. Infelizmente, a conversão deixa bastante a desejar em relação ao arcade. Primeiramente, porque agora não tem mais um modo pra dois jogadores simultâneos. Segundo, porque a mudança mais notória é que agora o jogo só anda uma tela por vez, que nem em Zelda, e isso é meio estranho, porque o jogo parece fluir bem melhor com uma câmera livre do que com telas divididas. O jogo também roda super devagar, e a velocidade dele não é constante. O personagem anda rápido quando está sozinho na tela, mas quando tem inimigos, tudo fica lento. Parece até que programaram uma velocidade alta pra ele pra ele não parecer tão devagar quando o jogo sofresse com as lentidões causadas pelo excesso de inimigos ou coisa assim. Os inimigos aparecem aleatoriamente pela tela, e isso pode te causar problemas se você não for atento. Fora que essa versão também é muito mais difícil, e de um jeito ruim. É muito complicado acertar os chefes no ponto certo, e o jogo te obriga a jogar com o controle do Master System, que não tem um direcional muito bom pra esse tipo de jogo. Se você usar um controle de Mega Drive, ele funciona todo errado. “Ai, Filipe, mas isso é óbvio, o Master System é super inferior ao arcade, caramba.” Ah, é?

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Então me explica sobre essa versão pro Nintendinho, de 88, que consegue ser melhor que a do Master System! Isso porque, diferente daquele Shinobi horroroso, o jogo é mais fiel ao do arcade e a câmera vai te acompanhando, em vez de serem telas paradas. Além disso, é possível jogar com duas pessoas se você tiver um amigo (o que eu não tinha quando gravei esse gameplay). O jogo só não tem mesmo as vozes e algumas das armas, mas até os chefes são mais fieis à versão do arcade. E por fim, apesar de ser um pouco mais lento, a conversão ficou ótima e o jogo é simplesmente mais divertido mesmo. Apesar dos gráficos não serem tão detalhados como no Master System, eles são bons pro Nintendinho, e isso porque o jogo nem tem mais memória que a versão do Master. As músicas não são muito especiais, mas também não eram na versão de arcade. Curiosamente, tem uma versão da Sunsoft e outra da Tengen, mas as duas são o mesmo jogo, só a tela de título que muda. De todos os jogos da Tengen pro Nintendinho, esse é o melhor deles e o único que eu realmente recomendo, inclusive até acima da versão do Master System. Quem diria…

Não é curioso pensar que esses jogos de franquias da SEGA foram lançados quando ela ainda fazia seus próprios consoles? Hoje em dia, apesar da SEGA desenvolver jogos para outros consoles, ela ainda fabrica máquinas de arcade e cassino. Se você gosta de jogos do tipo, confira mais sobre cassino online e derivados com a NetBet.