A Ubisoft disse que irá remover a descrição de um personagem do Assassin’s Creed Valhalla que teve o rosto desfigurado por queimaduras, após ser acusada de “ableism”, uma forma de discriminação contra pessoas com deficiência.

O problema em Assassin’s Creed Valhalla foi encontrado por Courtney Craven, editora de site para jogadores com deficiência Can I Play That, que não gostou da descrição do jogo para uma vítima de queimadura que está “com medo de que alguém veja seu rosto desfigurado”.

Em uma mensagem nas redes sociais direcionada à Ubisoft, ela determinou que “é absolutamente inaceitável falar sobre diferenças faciais dessa forma. Escritores de jogos e de outras formas precisam fazer melhor”.

A reclamação foi prontamente atendida pela conta oficial de Assassin’s Creed no Twitter, que se desculpou pelo conteúdo e se comprometeu a removê-lo por meio de uma atualização futura.

“Muito obrigado por apontar isso – pedimos desculpas por reforçar involuntariamente o capacitismo por meio dessa linguagem. Removeremos essa descrição em uma próxima atualização”, escreveu a Ubisoft. No caso, a palavra “capacitismo” ou “ableism” significa uma forma de privilégio em comparação com pessoas com deficiência.

Na semana passada, a Ubisoft – que está em uma cruzada virtuosa após alegações de má conduta sexual de executivos este ano – também prometeu remover a participação de uma jornalista nas rádios de Watch Dogs Legion, depois que ela foi apontada como transfóbica por conta de suas opiniões sobre identidade de gênero.

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A jornalista londrina Helen Lewis aparece em dois podcasts no jogo, nos quais discute a ameaça do fascismo dentro do mundo fictício do jogo.