A Activision Blizzard demitiu 37 funcionários, a maioria veteranos e líderes de equipe, desde que foi processada pelo Departamento de Emprego Justo e Habitação da Califórnia em meados de 2021, sob alegação de não lidar com assédio sexual e discriminação contra funcionárias.

Em um esforço para responder às queixas dos funcionários que se uniram contra a cultura de “toxicidade” no local de trabalho, a empresa lançou uma investigação interna sobre alegações de assédio sexual e outras más condutas. De acordo com fontes do Wall Street Journal, a Activision recebeu cerca de 700 relatórios de funcionários sobre más condutas e outros problemas desde julho passado, um número que a empresa chamou de incorreto. Ainda segundo a reportagem, a empresa teria examinado cerca de 90% deles.

A Activision Blizzard, no entanto, confirmou que 37 funcionários deixaram a empresa e 44 outros sofreram sanções como parte de sua investigação sobre alegações de assédio sexual e outras más condutas.

Segundo o Wall Street Journal, o CEO da empresa Bobby Kotick planejava publicar um resumo das ações realizadas pela empresa, mas adiou os planos porque tal informação levaria as pessoas a acreditar que a situação interna é ainda pior do que já circula na mídia.

A reação da indústria certamente não foi positiva e a Activision tem sido criticada inclusive por outros players do mercado, como a Microsoft e a Sony, que cobraram publicamente ações da empresa sob o risco de dos negócios com ela serem prejudicados.

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O valor das ações da Activision Blizzard caiu quase 30% desde o final de julho e quase 20% de seus aproximadamente 10.000 funcionários assinaram uma petição pedindo a renúncia de Kotick. O executivo afirmou que concordaria em sair caso não pudesse “consertar rapidamente” o problemas de cultura na empresa.